Uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgada nesta quinta-feira (10/10), acusa o Estado de Israel de “crimes de guerra e contra a humanidade” por promover uma política de “extermínio, com ataques incessantes e deliberados contra pessoal e instalações médicas”.
Segundo a entidade, os ataques formam parte de uma “política orquestrada de destruição do sistema de saúde de Gaza como parte da sua ofensiva na região”. As Forças de Defesa israelenses estão há um ano bombardeando diariamente o enclave palestinos, matando mais de 42 mil pessoas.
“As crianças em particular suportaram o peso desses ataques, sofrendo direta e indiretamente com o colapso do sistema de saúde”, disse Navi Pillay, ex-alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, em declarações feitas antes do relatório final e publicadas no jornal britânico Guardian.
A investigação e o relatório foram realizados pela Comissão Internacional de Investigação Independente (COI) da ONU, criada antes da guerra, em maio de 2021, pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para, já então, investigar denúncias de violações do direito internacional em Israel e nos territórios palestinos.
Médicos assassinados e torturados
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 10 mil pacientes que necessitavam de evacuação médica urgente foram impedidos de deixar Gaza desde o fechamento da fronteira de Rafah com o Egito, em maio.
O Ministério da Saúde palestino diz que quase mil profissionais foram mortos em Gaza no ano passado, no que a OMS chamou de “uma perda insubstituível e um golpe enorme para o sistema de saúde”.
Já o relatório investigou tanto o tratamento dado aos presos palestinos em Israel, como aos reféns capturados por combatentes do Hamas, acusando ambos os lados de envolvimento em tortura e violência sexual.
Ainda de acordo com o Guardian, a COI baseia seu relatório tanto em entrevistas com as vítimas e testemunhas, como em imagens de satélite, mas a comissão acusa Israel de ter obstruído seu trabalho, impedindo que investigadores acessassem o país governado pelo direitista Benjamin Netanyahu e os territórios palestinos.
Não é a primeira vez que essas acusações contra Israel aparecem em relatórios da comissão. Algumas vezes, destacou o jornal inglês, as evidências coletadas por organismos da ONU servem de base para processos por crimes de guerra em tribunais internacionais.
Opinião do Grupo NL Caramelo
Vê-se na reportagem uma clara tentativa de descredibilizar uma ofensiva contra o terror no Oriente Médio, jogando a culpa da Guerra contra o atacado (Israel). Essa é uma reprodução de uma reportagem que não se coaduna à nossa opinião. A ONU tornou-se um órgão altamente politizado com viés de de extrema-esquerda que deixa a situação ainda mais perigosa. O direito de autodefesa deve estar garantido ao país que sofreu ataques